COLETIVA DE ACERVO 2014

A Galeria Murilo Castro apresenta, de 13 de março a 12 de abril, a exposição Coletiva de Acervo 2014, que mescla o trabalho de novos artistas representados pela Galeria às obras de veteranos da casa. São eles: Camille Kachan, Caroline Valansi, David Cury, Fábio Cançado, Júlio Villani, Felipe Barbosa, José Bento, Maria Lynch, Noé Klabin e Rosana Ricaldi.

“O objetivo é justamente mostrar a diversidade de materiais e suportes da arte contemporânea. As peças vão desde pintura sobre tela, de Maria Lynch, trabalhos em papel, de Júlio Villani, David Cury e Rosana Ricaldi passando pelas fotografias de Fábio Cançado e Caroline Valansi, até chegar às esculturas e montagens de José Bento e Felipe Barbosa”, explica o galerista Murilo Castro.

São 20 obras de acervo da Galeria Murilo Castro de variados temas e técnicas. Quem visitar a mostra poderá experimentar diferentes sensações com objetos inusitados, como o fusca de pelúcia de Camille Kachan ou as bolas de futebol abertas e recosturadas de Felipe Barbosa; fotos impactantes de Fábio Cançado; a geometria de José Bento e as cores vibrantes na pintura de Maria Lynch, entre outras manifestações.

Coletiva de Acervo 2014

Data: de 13 de março a 12 de abril de 2014.

Local: Galeria Murilo Castro – Rua Antônio de Albuquerque, n° 377, sala 02 – Savassi.

Horário de funcionamento:  de segunda à sexta-feira, das 10 às 19h. Aos sábados, das 10 às 14h.

Informações: (31) 3287-0110

Entrada franca.

www.murilocastro.com.br

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GALERIA MURILO CASTRO LEVA O TRABALHO DE MARCOS BENJAMIM A PARIS E A LIMA

Depois de dez anos sem realizar uma exposição, o artista Marcos Coelho Benjamim voltou a apresentar sua obra ao público em 2013, com a mostra “Borracharia Duchamp”, na Galeria Murilo Castro.

Este ano, a Galeria já tem uma agenda cheia para o artista mineiro. De 14 de março a 10 de maio, Benjamim apresenta a exposição “Geometria Sem Rumo”, na Galerie Agnès Monplaisir, em Paris. Inaugurado em 1987, trata-se de um dos mais importantes espaços destinados à arte contemporânea na França. E de 20 a 23 de março, a Galeria Murilo Castro leva seu trabalho à Art Lima – Feira Internacional de Arte, no Peru, que reúne artistas, colecionadores, galeristas e apreciadores da arte de todo o mundo.

A repetição dos ritmos, os movimentos gráficos e o gosto pela geometria caracterizam o trabalho de Marcos Coelho Benjamim. O artista utiliza materiais desgastados com superfícies ásperas, como o zinco, o ferro ou o tecido, cuja irregularidade adiciona um valor tátil para as suas obras, muitas vezes de grandes dimensões. Seu trabalho revela uma ligação intensa com a cultura popular de Minas Gerais e sua riqueza, na sua tradição do artesanato e da reciclagem de materiais.

 

MARCOS COELHO BENJAMIM, NA GALERIA MURILO CASTRO

Enfim Só. Uma exposição sem curador. Um texto sem filósofos. Uma montagem sem arquiteto. Um catálogo sem artista gráfico. Uma obra sem título. Uma exposição sem o artista. Só a obra. Solitária e autônoma. Como era no começo. Assim pode ser (in)definida a exposição de Marcos Benjamim, que será inaugurada na Galeria Murilo Castro, dia 28 de novembro, às 19h.

Depois de 10 anos sem expor, o artista reuniu um “conjunto de estranhezas”, como ele mesmo se refere, com fotografias, desenhos, objetos, esculturas com materiais do plástico à água, parede de poemas, frases soltas… “A ideia central é ‘enfim a exposição incorreta e sem sustentabilidade’, pois, garantidamente, o artista é biodegradável. A mostra é autônoma, tem vida própria, cheia de pequenas mágicas que espero que as pessoas percebam. Quero mostrar tudo!”, conta Benjamim.

A essência da exposição é uma grande profusão de obras e de linguagens. Sem controle, sem direção. “Fiz o mural do fim do mundo, onde escrevi tudo o que me veio à cabeça no final do ano passado, quando pensei que o mundo fosse acabar. Tem poema delicado e barra pesada, de morte, de vida, de amor, de repulsa. Fotografias arqueológicas… E muita confusão. Já fiz montagens parecidas, que chamava de ‘clínica geral’. Algumas vezes sou meio cientista, vou fazendo o que estou a fim”, completa.

A condição para trazer novamente seu trabalho ao público foi uma só: que a Galeria não interferisse em nenhum dos processos, uma vez que a mostra existe por si só, não é moldável. “Sempre tive o cuidado de controlar absolutamente tudo o que acontece em cada exposição. Desta vez fui alijado desta função. Porém, considerando a qualidade da obra do Benjamin, aceitei o desafio e, sinceramente, estou muito tranquilo e ansioso para ser um expectador de sua obra”, diz o proprietário da Galeria, Murilo Castro.

O artista considera o local perfeito para sua proposta, “uma galeria comercial não gosta de exposições não convencionais. Nesta mostra tenho textos meus, coisas que quis colocar pra fora. Achei muito legal o Murilo ter a coragem de me deixar trazer essa esquisitice toda ao espaço dele. E agradeço a confiança”, pondera.

Sobre Marcos Benjamim

Marcos Coelho Benjamim é mineiro de Nanuque, nascido em 1952. Escultor, pintor, cartunista, designer gráfico, ilustrador, desenhista e cenógrafo. Em 1969, mudou-se para Belo Horizonte. Começou como artista autodidata desenhando quadrinhos e, em 1971, passou a colaborar com charges e ilustrações em jornais mineiros.

Participou da 12ª Bienal Internacional de São Paulo, em 1973. Em 1974, conquistou o prêmio Viagem ao México no 2° Salão Global de Inverno de Belo Horizonte e, em 1977, o grande prêmio da International Cartoon Exhibition, em Atenas. Participou, em 1979, de caravana de artistas promovida por Paulo Laender para o vale do Jequitinhonha, Minas Gerais, onde teve contato com diversos artesãos locais e passou a dedicar-se à criação de objetos tridimensionais e instalações.

A repetição de ritmos, de gestos gráficos e o gosto pela geometria caracterizam a sua produção. O artista serve-se de materiais usados e com superfícies ásperas e gastas, como velhas latas de óleo, madeira de restos de construção ou de demolição e cones de metal oxidados, frequentemente enquadrados em caixas de madeira.

Em 1988 criou a cenografia dos espetáculos Uatki e Mulheres, do Grupo Corpo, de Belo Horizonte. Em 1989, com o convite para expor na 20ª Bienal Internacional de São Paulo, iniciou uma fase de produção de obras em grandes escalas e dimensões, como as delicadas obras de formas circulares, retangulares e trapezóides, que compõe fixando delgadas estrias de zinco sobre suportes de madeira.

 

Participação da Galeria na Parte – Feira de Arte Contemporânea, em São Paulo

PARTE – FEIRA DE ARTE CONTEMPORÂNEA

De 7 a 10 de novembro, a Galeria Murilo Castro participa da PARTE – Feira de Arte Contemporânea, em São Paulo. Entre as 37 galerias expositoras, nacionais e internacionais, a Murilo Castro está entre as duas mineiras participantes da feira e representa 10 importantes artistas do cenário contemporâneo: Anna Bella Geiger, Arthur Luiz Piza, Camille Kachani, Fernando Velloso, Hilal Sami Hilal, José Bento, Júlio Villani (foto), Maria Carmem Perlingeiro, Maria Lynch e Nazareth Pacheco.

A Parte é uma feira com galerias selecionadas e o que há de melhor e mais inovador em seus acervos. O evento é abrangente e inclui, desde artistas em acensão até nomes consagrados na arte contemporânea. Pintura, fotografias, objetos de arte e gravuras estarão expostos e a entrada é franca.

A Galeria Murilo Castro participa das mais importantes feiras de arte do Brasil e internacionais, como a SP-Arte, a RioArte, a Pinta London, A ArteBA, de Buenos Aires, entre outras.

 

SERVIÇOS:

Parte – SP

Datas e Horários:

7 e 8 de novembro: das 14h às 22h

9 e 10 de novembro: 12h às 20h

Local: Paço da Artes – Subsolo (USP / São Paulo)

Av. da Universidade 1, Cidade Universitária, Butantã – SP

Entrada Franca

Somatório Singular II, a partir de 24 de outubro, na Galeria Murilo Castro

No dia 24 de outubro, a curadora Cristina Burlamaqui traz à Galeria Murilo Castro a exposição Somatório Singular II. A primeira edição da mostra aconteceu em abril de 2012, com sete jovens que estavam despontando no cenário artístico. Desta vez, a curadora volta a Belo Horizonte com obras de outros sete artistas cariocas de uma representativa geração, com trabalhos consistentes na arte contemporânea brasileira e carreiras consolidadas.

São eles: Anna Paola Protásio, Beatriz Carneiro, Bob N, Daisy Xavier, Luciano Figueiredo, Ricardo Becker e Tatiana Grinberg. A pluralidade e diversidade de linguagens continuam sendo a essência dos trabalhos investigativos da curadora. Um ponto em comum entre eles, é que estão explicitamente impregnados da experiência pós-construtiva e elaboram novas linguagens. Com suas obras, inventam um novo campo de experiências em que a gramática dos materiais e as técnicas se renovam e despertam novas fruições.

Anna Bella Geiger expões na Galeria Murilo Castro até dia 19/10

Ao longo dos 60 anos de sua produção artística, Anna Bella Geiger vem mantendo notável atualidade, posto que, frequentemente, ultrapassa o âmbito de sua dinâmica processual específica, para somar-se à de outros artistas que contribuíram para as transformações ocorridas na arte do país ao longo desse extenso período.

“Questões formuladas no âmbito da arte só se consumam por meio da criação de sistemas que as distinguem de discursos meramente ideológicos, transmitidos por meio da palavra falada ou escrita. O sucesso do sistema Geiger resulta da superação desses discursos por intermédio de uma ordem espacial gráfica de teor geográfico, pela apropriação de materiais de trabalho e mídias diversos, elaborados isoladamente ou combinados às instalações e aos objetos atualmente produzidos. De seu cais poético, a obra de Geiger segue viva, experimental e surpreendentemente contemporânea”, completa Cocchiarale.

 

“MOSTRA SÍNTESE”, COM ANNA BELLA GEIGER

“Mostra Síntese”, como sugere o nome, traz à Galeria Murilo Castro um recorte da obra da renomada artista plástica Anna Bella Geiger, na próxima quinta-feira (19). Conhecida por uma vasta e ininterrupta produção artística, Geiger, hoje com 80 anos de idade, está entre os poucos artistas brasileiros surgidos no começo dos anos 50 ainda em ação na atualidade.

A exposição reúne 32 obras desenhos e gravuras produzidos em épocas diversas; vídeos (Passagens 74 e Mapas Elementares 1 e 3); duas pinturas (“macios”); trabalhos fotográficos (Brasil nativo – Brasil alienígena, feita em 1977); além de dois Fronteiriços e peças tridimensionais (como os rolos/scrolls, recentemente produzidos). “É, portanto, uma mostra única, já que pode contribuir para a compreensão dos liames existentes entre o processo criativo pessoal de Anna Bella e as transformações experimentadas pela produção artística brasileira a partir do pós-guerra”, analisa Fernando Cocchiarale.

Sua obra, por vezes inovadora, é marcada por uma veia irônica trazendo sempre à tona questões ideológicas do universo das artes e do contexto político. Em 1974 participou de uma mostra de videoarte na Filadélfia, que foi considerada a primeira exibição pública de vídeos brasileiros. Em BH, além da Galeria Murilo Castro, a artista tem obras na exposição “ELLES: Mulheres Artistas na coleção do Centro Pompidou”, no Centro Cultural Banco do Brasil, organizada pelo Centro Georges Pompidou/Musée National d’Art Moderne, na França, que traz um olhar contemporâneo de mulheres inovadoras.

Nazareth Pacheco

Nazareth Pacheco é paulistana e uma das artistas representadas pela Galeria Murilo Castro. Desde os 20 anos de idade se dedicou a estudar artes plásticas e, em 1988, aos 27 anos, realizou sua primeira mostra individual na AB.OHM Galeria de Arte em São Paulo. No ano seguinte, recebeu o prêmio aquisição no 11° Salão Nacional de Artes Plásticas, no Rio de Janeiro e, em 1997, ao participar do Panorama de Arte Brasileira no MAM de SP, recebeu o Grande Prêmio Embratel. Desde então, participou de bienais e diversas coletivas no Brasil e exterior e continuou se dedicando ao estudo da arte.

Saia Cristal e Lâminas de Bisturí 56 x 56 x 8 cm, 2008

Entre suas obras, estão objetos que adentram o universo da mulher. A artista trabalha peças de joalheria, não tanto na disciplina nem na técnica, mas em seu significado latente. Aborda conceitos como o de valor e desejo, atração e repúdio como paradigma de beleza.

Bustiê Cristal e Lâminas de Lancetear 50 x 40 x 6 cm, 2011.

“No falar pelo que não é dito, o silêncio pode ser compreendido como preenchimento, por oposição ao próprio vazio que se apresenta com ele. Vazio, que neste caso significa ausência. O corpo está ausente. Nazareth Pacheco trabalha sobre o corpo ausente, o que pode significar presente pela sua ausência. Através da falta, a artista articula seu discurso sobre a natureza do reconhecimento enquanto jogo entre matéria e imagem. A ausência está diretamente ligada à visão que penetra e recria o espaço a nossa volta através de uma imbricação do Ser e daquilo com o que ou quem ele se relaciona. A distorção do olhar é apontada enquanto experiência perceptiva”, diz Gabriel Dozzi Gutierrez.

 

Colar Cristal e Agulhas 25 x 25 cm, 2010.

Em sua obra mais recente, gotas de sangue estão presentes e ela conta como este inusitado elemento surgiu: “Em 2006, quando construía uma grande cortina com miçangas, cristais e laminas de barbear, embora tomasse o maior cuidado para não me cortar, era inevitável um mínimo corte nas mãos, que imediatamente impediam que eu continuasse trabalhando, pois o sangue iria sujar a minha obra! Foi através da observação destas pequenas gotas se depositando sobre o papel, que resolvi fotografa-las. O resultado me encantou e me desafiou tanto que comecei a desenvolver fotos e objetos, alguns contendo o meu sangue, outros representando estas gotas; que quando caem no chão, ao caminharmos, registram os nossos passos. São objetos extremamente sedutores, que despertam o desejo, nos convidam para aproximarmo-nos, toca-los e acariciá-los; ao mesmo tempo em que nos obrigam ao distanciamento para evitarmos ferimentos”.

 

Bustiê Cristal e Lâminas de Lancetear 50 x 40 x 6 cm, 2010.

Crianças na Instalação Macia

Hoje pela manhã, a Galeria Murilo Castro recebeu ilustres visitas na “Instalação Macia”, as crianças da escola “Balão Vermelho”. Arthur, de 5 anos, que já era veterano na obra de Maria Lynch, pois havia visitado a instalação com a mãe no sábado, foi dando as instruções: “não pode puxar e tem que tirar os sapatos, hein?!

 

A Joana achou muito fofinho. O Davi comparou a chapéus de palhaços. A Maria disse que eram ursinhos de pelúcia. O Arthur, já com propriedade no assunto, seguiu guiando os colegas pelo “Quatro Macio”. Uma coisa foi unânime: todos adoraram!